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Coxim, MS

Batista Pescador informa liberação da pesca em MS, com exceção do peixe Dourado

Deputados e especialistas discutem a necessidade de um regramento adequado para garantir a sustentabilidade dos recursos hídricos do estado

01/03/2025 às 14h00 Atualizada em 01/03/2025 às 17h06
Por: Vanessa Ferreira
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Imagem ilustrativa. (Ft: Pixabay)
Imagem ilustrativa. (Ft: Pixabay)

Batista Pescador, presidente da Colônia de Pesca e vereador de Coxim, esclarece sobre a situação da pesca no estado e os impactos do Projeto de Lei 275/2024, que propõe a suspensão da pesca profissional e a proibição da comercialização de algumas espécies.

Neste sábado, 1º de março, Batista Pescador divulgou um comunicado oficial que traz boas notícias para os pescadores de Mato Grosso do Sul: a pesca foi liberada em todo o Estado. No entanto, o presidente fez um alerta importante: a pesca do peixe Dourado segue proibida até o dia 31 de março. Além disso, ele reforçou que pescadores profissionais precisam estar com a carteira do Imasul em mãos para evitar multas. Já para os pescadores amadores, as regras continuam as mesmas, limitando a captura a um exemplar e até cinco piranhas. “É essencial que os profissionais cumpram a exigência da carteira do Imasul para garantir uma pesca legal e sem problemas”, destacou Batista.

O comunicado surge em meio a questionamentos e especulações geradas pelo Projeto de Lei 275/2024, do deputado estadual, Neno Razuk, que propõe a suspensão da pesca profissional no Estado de MS.

Deputado Junior Mochi

Em entrevista ao programa Coxim Precisa Saber, também neste sábado, o deputado estadual Junior Mochi reiterou a importância da discussão sobre o tema e destacou que a falta de um regramento adequado para a pesca tem levado à redução do trânsito de peixes no estado. "A discussão sobre a pesca é válida e urgente, pois não há um regramento claro e consistente para essa atividade. Por isso estamos vivendo essa redução. Precisamos de um estudo aprofundado e de um projeto que contemple todas as variáveis ​​e interesses envolvidos", afirmou o deputado.

 No entanto, o deputado esclareceu que, quando se trata da fauna aquática, a situação na Bacia do Paraguai é diferente. A região que abriga o Pantanal, um ecossistema único e complexo, e por isso, é fundamental que qualquer decisão seja baseada em estudos técnicos.

 Mochi disse que o projeto de lei ainda não apresenta uma técnica base suficiente para justificar a suspensão da pesca profissional. Embora parte da culpa do desequilíbrio da fauna aquática seja atribuída ao mapeamento dos rios e até mesmo a algumas práticas dos pescadores profissionais, a situação exige uma análise mais profunda. “Ainda não temos um estudo técnico e científico robusto, como, por exemplo, com o caso do jacaré, onde dados apontam que o animal consome cerca de 5kg de peixe, portanto, nesse sentido, também há uma redução natural da natureza baseada na cadeia alimentar dos animais aquáticos”, ressaltou.

 Além disso, a Bacia do Paraná, que também abriga represas com usinas hidrelétricas, apresenta desafios adicionais, dificultando a implementação de um projeto uniforme para toda a região. "Não há como alinhar um projeto sem uma discussão mais ampla com todas as instituições envolvidas na pesca, como o Imasul (Instituto do Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul). Uma audiência pública será realizada para debater essas questões", afirmou Junior Mochi. Por enquanto, o Projeto de Lei 275/2024 está suspenso.

 Mochi finalizou ressaltando a importância de um debate sério e científico para garantir a sustentabilidade da pesca e a preservação dos ecossistemas aquáticos de Mato Grosso do Sul. “Estamos abertos ao diálogo e à busca por soluções que beneficiem tanto os pescadores quanto o meio ambiente”, concluiu.

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