O Palmeiras se posicionou contra as punições impostas pela Conmebol ao Cerro Porteño após o episódio de racismo contra o atacante Luighi, durante uma partida da Copa Libertadores. O clube alviverde classificou as sanções como "inócuas" e "insuficientes", alegando que não combatem de forma eficaz o racismo no futebol.
O Cerro Porteño foi multado em US$ 50 mil (aproximadamente R$ 288,4 mil) e deverá jogar com portões fechados, o que, segundo o Palmeiras, demonstra a falha das entidades em lidar com a gravidade do caso. O clube paraguaio tem o direito de recorrer, e, caso o faça ainda neste domingo, poderá jogar contra o Blooming-BOL com a presença de torcedores.
Além disso, a Conmebol aplicou uma suspensão de dois jogos ao técnico Jorge Achucarro, decisão que não cabe recurso. Apesar disso, o Palmeiras reafirmou que as punições são insuficientes e que não cumprem o propósito de coibir o racismo no esporte.
Em seu comunicado, o Palmeiras declarou que a única sanção válida seria a obrigatoriedade do Cerro Porteño de realizar uma campanha de combate ao racismo em suas redes sociais, mas isso não é suficiente para resolver o problema de forma ampla.
O clube paulista informou que acionará as "entidades máximas do futebol mundial" e levará o caso às "últimas instâncias", com o objetivo de obter punições mais severas. "As lágrimas de Luighi não serão em vão", afirmou o clube.
A presidente Leila Pereira, em entrevista coletiva na última sexta-feira, reforçou que, caso as sanções da Conmebol não sejam satisfatórias, o clube levará o caso à Fifa. "Vamos até a Conmebol e, se não conseguirmos, vamos à Fifa. Vamos até a última instância. Vamos resistir", declarou. Ela também anunciou que o Palmeiras pedirá a exclusão do Cerro Porteño da Libertadores sub-20, ressaltando que esse não foi o primeiro ataque racista contra seus atletas.
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