A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (14), o registro definitivo da primeira vacina contra a chikungunya no país. Desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Valneva, o imunizante está autorizado para aplicação em pessoas com idade superior a 18 anos.
Resultados promissores em testes clínicos
A vacina foi submetida a ensaios clínicos nos Estados Unidos, envolvendo cerca de 4.000 voluntários entre 18 e 65 anos. Os resultados, publicados na revista científica The Lancet em junho de 2023, mostraram que 98,9% dos participantes produziram anticorpos neutralizantes, com níveis que se mantiveram elevados por pelo menos seis meses após a vacinação.
Além da aprovação da Anvisa, o imunizante já recebeu o aval da Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos e da European Medicines Agency (EMA) da União Europeia, tornando-se a primeira vacina autorizada globalmente contra a doença.
Situação da chikungunya em Mato Grosso do Sul
Conforme dados atualizados até o fim de fevereiro, Mato Grosso do Sul registrou mais de 2.000 casos prováveis de chikungunya, com 233 casos confirmados. O estado também investiga duas mortes suspeitas relacionadas à doença. Correio do EstadoCorreio do Estado+2Ivinhema e Região a um Clique - Ivihoje+2Por Escrito+2
No município de Coxim, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado na terça-feira (9), foram registrados 40 casos prováveis da doença. Este número destaca a importância da vacinação como medida preventiva para conter a disseminação do vírus na região.
Avanços na produção nacional do imunizante
O Instituto Butantan está desenvolvendo uma versão da vacina com parte do processo produtivo realizado no Brasil. Essa iniciativa visa facilitar a incorporação do imunizante nos programas públicos de saúde, contribuindo para o enfrentamento da doença em nível nacional.
Importância da vacinação e medidas preventivas
A chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, vetor também de outras doenças como dengue e zika. A aprovação da vacina representa um avanço significativo no controle da doença, oferecendo uma ferramenta eficaz para a prevenção.
Especialistas ressaltam que, além da vacinação, é fundamental manter medidas de controle do mosquito, como eliminação de criadouros e uso de repelentes, para reduzir a incidência de casos e prevenir surtos futuros.
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