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Tremores de terra em Sonora surpreendem moradores: entenda o que está por trás desses fenômenos

Tremores surpreendem Sonora e entram para o ranking dos mais fortes do ano

14/05/2025 às 09h55
Por: Vanessa Ferreira
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Divulgação Prefeitura de Sonora
Divulgação Prefeitura de Sonora

Dois tremores de terra foram registrados em um intervalo de apenas 15 horas no município de Sonora, em Mato Grosso do Sul, surpreendendo moradores e chamando a atenção de especialistas. O primeiro abalo ocorreu na segunda-feira (13), às 23h41, com magnitude preliminar de 3.5 mR (magnitude regional) — possivelmente o mais forte registrado no estado em 2025 e o segundo maior no país neste ano.

Já o segundo tremor, de menor intensidade, foi registrado na manhã seguinte, completando uma sequência incomum para a região. Apesar de os eventos não terem causado danos, o susto foi grande e levantou dúvidas: por que ocorrem tremores de terra em uma região considerada estável como o Centro-Oeste brasileiro?

Ao contrário do que muitos imaginam, o Brasil não está livre de terremotos. Embora o país esteja longe das grandes placas tectônicas que provocam os terremotos mais devastadores do mundo, tremores podem ocorrer por causa de ajustes na crosta terrestre, especialmente em áreas conhecidas como falhas geológicas.

No caso de Sonora, os abalos podem estar relacionados à movimentação de antigas estruturas geológicas que, com o passar do tempo, acumulam energia e acabam liberando-a em forma de pequenos sismos. A região do Pantanal e do Planalto Central, apesar de estar fora das zonas de subducção, apresenta registros ocasionais desse tipo de atividade.

Por que esse tremor chamou atenção?

Com magnitude de 3.5 na escala regional, o tremor da noite de segunda-feira é considerado leve, mas significativo para padrões brasileiros. A título de comparação, tremores com magnitude inferior a 4,0 raramente causam danos estruturais, mas podem ser sentidos por moradores — especialmente durante a noite, quando o ambiente está mais silencioso.

Esse pode ter sido o mais forte tremor em Mato Grosso do Sul em 2025 e o segundo mais intenso em todo o Brasil neste ano, o que torna o evento ainda mais relevante do ponto de vista científico.

A Defesa Civil e o Serviço Geológico do Brasil seguem monitorando a situação e reforçam que, até agora, os eventos estão dentro de uma atividade sísmica considerada natural, sem risco iminente para a população.

E se novos tremores ocorrerem?

Pequenos tremores secundários, conhecidos como réplicas, são comuns após abalos sísmicos e geralmente têm menor intensidade. Especialistas recomendam que, em caso de novos eventos, os moradores mantenham a calma, evitem estruturas que possam desabar e, se possível, se afastem de janelas e objetos que possam cair.

O que vem pela frente?

O registro de tremores como os de Sonora reforça a importância do monitoramento sísmico no Brasil, mesmo em regiões consideradas estáveis. Esses fenômenos ajudam a mapear o comportamento das estruturas geológicas e a aprimorar o conhecimento sobre o subsolo brasileiro.

Enquanto isso, a população segue atenta, e os especialistas trabalham para entender melhor os motivos por trás desses eventos — que, apesar de inofensivos na maioria das vezes, nos lembram que a Terra está em constante movimento.

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