Em 16 de maio de 2025, o Brasil registrou seu primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial, localizada no Rio Grande do Sul. A detecção do vírus H5N1 levou à suspensão imediata das importações de carne de frango brasileira por parte da China, principal destino das exportações do setor. A medida afeta cerca de 14% do total exportado, representando aproximadamente US$ 1,3 bilhão em vendas anuais. A suspensão terá duração de 60 dias
Além da China, a Argentina também interrompeu as importações de produtos avícolas do Brasil após a confirmação do surto. No entanto, a Argentina permitirá a entrada de aves de um dia e ovos férteis provenientes de compartimentos oficialmente reconhecidos como livres da doença .
Apesar dessas restrições, o Brasil continua sendo um dos principais fornecedores globais de carne de frango. Em 2024, o país exportou 5,294 milhões de toneladas do produto, gerando uma receita de US$ 9,928 bilhões. As projeções para 2025 indicam um crescimento de 1,9% nas exportações, com estimativa de 5,4 milhões de toneladas embarcadas .
O setor avícola brasileiro tem adotado medidas rigorosas de controle sanitário para conter a propagação do vírus e minimizar os impactos econômicos. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) destaca que o status sanitário do país continua sendo um diferencial competitivo, especialmente diante do aumento da demanda global por carne de frango devido a surtos em outros países .
Em resumo, embora o surto de gripe aviária represente um desafio imediato para as exportações brasileiras, o país mantém sua posição de destaque no mercado internacional, com esforços contínuos para controlar a doença e retomar o fluxo comercial com os principais parceiros.
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