Uma realidade chocante e urgente: os feminicídios no Brasil seguem em níveis alarmantes, exigindo ação imediata dos poderes públicos e da sociedade. Veja os dados atualizados:
Dados oficiais e recentes (2024)
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Foram registrados 1.450 feminicídios consumados em 2024, alta significativa em relação a 2023 (1.438). No mesmo período, houve 2.485 homicídios dolosos e lesões corporais seguidas de morte contra mulheres sinpaf.org.brsites.uel.br+4diariodepernambuco.com.br+4agenciagov.ebc.com.br+4.
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Incluindo tentativas, o Monitor de Feminicídios aponta 1.859 casos consumados e 2.286 tentados em 2024 pt.wikipedia.org+4sites.uel.br+4operobal.uel.br+4.
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No primeiro semestre de 2024, já foram contabilizados 905 feminicídios consumados e 1.102 tentados — média diária de 4 e 6 casos, respectivamente dossies.agenciapatriciagalvao.org.br.
Crescimento e tendências
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Desde 2015 (quando o crime foi tipificado), o Brasil soma ao menos 11.859 vítimas até janeiro de 2025 — média superior a mil feminicídios por ano gov.br+15www1.folha.uol.com.br+15www12.senado.leg.br+15.
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Em 2024, o país registrou o maior número da série histórica, com 1.459 casos, superando os 1.448 de 2023 sites.uel.br+4www1.folha.uol.com.br+4diariodepernambuco.com.br+4.
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A cada 17 horas, uma mulher foi vítima de feminicídio em nove estados monitorados no ano passado — totalizando 531 casos apenas nesses locais dossies.agenciapatriciagalvao.org.br+3agenciabrasil.ebc.com.br+3www12.senado.leg.br+3.
Contexto regional e perfil das vítimas
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O Brasil registra 1,4 feminicídio por 100 mil mulheres, taxa semelhante à média latino-americana www12.senado.leg.br+15cepal.org+15dossies.agenciapatriciagalvao.org.br+15.
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Entre janeiro e junho de 2024, 78% das vítimas de tentativas e 81% dos consumados nunca haviam denunciado seus agressores sites.uel.br+2dossies.agenciapatriciagalvao.org.br+2operobal.uel.br+2.
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A maioria dos casos envolveu parceiros ou ex-parceiros — em 42% dos casos tentados e consumados redelume.com.br+3dossies.agenciapatriciagalvao.org.br+3agenciabrasil.ebc.com.br+3.
Um alerta para a sociedade e o poder público
Esses números revelam a falha dos mecanismos de proteção, apesar da existência da Lei Maria da Penha (2006) e da tipificação do feminicídio como crime hediondo em 2015. O relatório anual do Ministério das Mulheres aponta uma leve redução na violência letal contra mulheres (–5%) sinpaf.org.br+5agenciagov.ebc.com.br+5otempo.com.br+5, mas essa diminuição não reflete a realidade diária: ainda são quase quatro mortes por dia.
Por onde começar?
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Ampliação dos canais de denúncia e acolhimento, com prioridade ao suporte psicológico e jurídico.
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Reforço nas políticas públicas de prevenção, educação e combate à cultura machista.
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Aperfeiçoamento da apuração e tipificação dos casos de feminicídio, que frequentemente são subnotificados .
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Envolvimento da sociedade, especialmente no entorno das vítimas, pois a maioria não busca ajuda formal.
É inadiável que o Estado fortaleça as redes de proteção e investigue firmemente, enquanto a população precisa romper o silêncio. Este é um chamado para que vítimas sejam protegidas e agressores responsabilizados — sem adiar mais vidas.