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Acidente trágico em Rio Verde de MT: menino de 2 anos dispara arma do pai e mata mãe

Pistola foi deixada acessível em casa; pai será investigado por homicídio culposo e omissão na guarda de arma, segundo a Polícia Civil

14/06/2025 às 21h07
Por: Vanessa Ferreira
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Imagem captada pela gravação da câmera de segurança no momento do acidente
Imagem captada pela gravação da câmera de segurança no momento do acidente

Na noite de sexta-feira, 13 de junho, uma tragédia abalou a comunidade de Rio Verde de Mato Grosso (MS). Uma criança de apenas dois anos disparou acidentalmente uma pistola 9 mm — deixada destravada e ao alcance — atingindo e matando a própria mãe, identificada como Deborah Rodrigues Monteiro, de 27 anos 

O que a investigação aponta

Conforme apurado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, a pistola modelo Glock 45 estava sobre uma mesa, quando o menino a pegou e disparou contra a mãe, atingindo-a no braço e no tórax. Deborah foi socorrida e levada a um hospital local, mas não resistiu aos ferimentos 

O pai, produtor rural e identificado como o responsável legal pela arma, foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos. Ele possui registro e porte da pistola, mas será investigado por homicídio culposo (sem intenção de matar) e omissão na guarda do armamento, conforme previsto no Estatuto do Desarmamento. 

Imagens registradas

Câmeras de segurança da residência flagraram o momento da tragédia: o casal estava na varanda quando a criança pega a arma, dispara e corre em direção à mãe, que cai em seguida. O pai imediatamente corre para socorrê-la 

Arma e medidas

No local, a Polícia apreendeu a pistola Glock 45, um carregador e 19 munições (quatro CBC intactas e 15 S&B — uma deflagrada). O armamento foi apreendido para perícia, e a situação do menino será avaliada pelo Conselho Tutelar, sendo possível o acompanhamento psicossocial. 

Reflexão e prevenção

O caso reforça a importância de cuidados rigorosos com armas de fogo em ambientes domésticos, especialmente na presença de crianças. A delegada Danielle Felismino já determinou a investigação e acompanha o inquérito, com apoio do Conselho Tutelar e serviços psicossociais. 

Este é um caso triste que evidencia a necessidade de responsabilidade na guarda de armas e a urgência no debate sobre segurança doméstica com menores. Continuaremos acompanhando o desdobramento das investigações e as medidas tomadas pelas autoridades competentes.

 
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