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Especialistas alertam: contato com morcegos pode transmitir raiva e exige cuidados imediatos

Veterinária recomenda não tocar em morcegos, vivos ou mortos — acionar órgãos de vigilância sanitária; manter pets vacinados é fundamental contra a doença que ainda circula no país

03/07/2025 às 09h12
Por: Vanessa Ferreira
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Divulgação SES/RS
Divulgação SES/RS

Apesar de muitos acreditarem que a raiva está erradicada, a doença ainda representa um risco real à saúde humana e animal no Brasil. A veterinária Tamires Masocatto, de Coxim, faz um alerta direto: em hipótese alguma se deve tocar em morcegos, estejam eles vivos, feridos ou até mesmo mortos. O risco de contaminação pelo vírus da raiva é alto, e apenas profissionais capacitados devem realizar a contenção ou retirada do animal.

A raiva é uma doença viral grave, quase sempre fatal, que pode ser transmitida por mamíferos infectados — especialmente cães, gatos, morcegos e animais silvestres. Segundo Tamires, a população muitas vezes subestima a ameaça por falta de campanhas regulares de vacinação e informação. “Muitas pessoas acham que a raiva foi erradicada, mas o vírus continua circulando e o perigo é real”, afirma.

Cuidados essenciais ao encontrar um morcego:

  • Não toque no animal, mesmo que pareça inofensivo ou esteja morto.

  • Mantenha crianças e animais domésticos afastados.

  • Acione a Vigilância Sanitária ou órgão de controle de zoonoses da sua cidade, que conta com profissionais treinados para capturar ou recolher o morcego de forma segura.

Tamires ressalta que até mesmo ao tentar ajudar um morcego machucado, uma pessoa pode ser mordida ou arranhada, o que já é suficiente para possível contaminação. “O vírus da raiva se instala nas terminações nervosas e rapidamente atinge o sistema nervoso central. O contato com secreções ou mordidas é altamente perigoso”, explica.

Vacinação: única proteção real
A raiva não tem cura após a manifestação dos sintomas, por isso a prevenção é a melhor e única forma eficaz de proteção. Manter a vacinação de cães e gatos em dia é essencial. Mesmo animais que não saem de casa podem ser expostos ao vírus, por exemplo, ao capturar um morcego acidentalmente.

“Campanhas públicas de vacinação têm sido irregulares em várias regiões, o que torna a responsabilidade dos tutores ainda mais importante”, alerta Tamires. Ela orienta que, em caso de dúvidas, devem procurar uma clínica veterinária ou a Secretaria de Saúde do município para se informar sobre a vacina antirrábica.

E se houver contato com um morcego?
Se uma pessoa for mordida, arranhada ou tiver contato com saliva de morcego ou qualquer outro animal suspeito de raiva, o procedimento é procurar imediatamente uma unidade de saúde para avaliação médica e início do tratamento profilático com soro e vacina antirrábica.

A raiva é uma zoonose com alto índice de letalidade e grande relevância em saúde pública. Por isso, o alerta dos profissionais é claro: não toque, não subestime e vacine sempre. A prevenção salva vidas — humanas e animais.

 
 
 
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